Eu sempre curti muitos tokusatsus e sentais, como Flashman e Changeman, mas nunca fui muito chegada a Power Rangers. Mas, mesmo assim, o trailer me animou a ver o longa que estreou ontem nos cinemas brasileiros. Tem coisas positivas e negativas. Calma, vamos por partes.
Há muito fanservice, está tudo lá: os personagens clássicos em Alameda dos Anjos, estudantes do mesmo colégio, descobrindo seus poderes e sua missão que é salvar a Terra do mal, Zordon, Megazord, Alpha 5… A forma como juntaram os cinco na trama e o desenvolvimento da amizade deles é bem legal. Eles são adolescentes, cometem erros como qualquer ser humano.
Os cinco atores, mesmo que não sejam tão famosos, funcionaram bem e tinham química. Elizabeth Banks e Bryan Cranston, que vivem Rita Repulsa e Zordon respectivamente, completam o elenco e são nomes de mais peso. O filme não é tão bobinho quanto às séries, é um pouco mais sombrio. Tem bullying, adolescentes descobrindo sua sexualidade, enfim… Mas tudo num tom bem bacana mesmo.
É um filme de origem, não se esqueça. E pelo que o produtor Haim Saban disse em uma entrevista à Variety, “tem um arco de história para seis filmes”. Ou seja, não vá ao cinema achando que você terá adrenalina e ação o tempo todo. A luta propriamente dita se passa somente nos últimos 20 minutos. Acho que só a partir do segundo é que podemos esperar filmes mais agitados.
O que não curti muito foram as armaduras (“Homem de Ferro” demais…) e o próprio Megazord (que mais parece um “Transformer”). Estou tão acostumada a ver as coisas mais antigas e “toscas” (porém legais) e não estou com um olhar acostumado a ver tudo aquilo moderno e tecnológico demais. Talvez os espectadores mais novos, que não viveram e não assistiram a tudo isso na TV, não estranhem e achem maneiríssimo.
Se o seu intuito é apenas se divertir de forma descompromissada e quer relembrar como era assistir aos Power Rangers na TV antes de ir para a escola, vale o ingresso. Ah, não se esqueça de ver a cena pós-crédito.
Nota: 3/5