Por: Vinícius Petraglia
A Terra Nérdica foi convidada para o junket com exibição do filme Eu Fico Loko, adaptação do livro homônimo que conta a história do youtuber Christian Figueiredo, com direito a brunch e entrevista com o elenco.
Sobre o filme: apesar de contar a típica história do loser apaixonado pela menina nova na escola, a lindinha, a popular, A MINA (Pelo menos na cabeça dele), é aquilo que acontece/aconteceu com todos nós nerds, acredito que por ser nacional, me vi muito mais neste do que em filmes americanos. Sou nerd, era zoado no colégio, não pegava ninguém, e pagava de f**ão. Gostei, por que é como ele mesmo disse no filme, tem só 20 anos, como é que ele se sente capaz de fazer 3 biografias? E mais, como ele faz um livro só sobre os 15 anos dele? Este é o ponto: na cabeça de todo adolescente, todo problema é um problemão.
O filme começa com o Christian pequeno, já mostrando seu primeiro trauma – o qual ele carrega até hoje – que é o de ser magro e estranho – daí eu já me identifiquei na hora. E vai desenvolvendo: ele fala sobre as mais variadas crises que a idade proporciona, que muitos de vocês que estão lendo, sofreram ou ainda sofrem, como a primeira vez em que é zoado na escola, ser ridicularizado por fazer algo que gosta muito, não gostar de ir em festas ou beber. Ele fala até sobre o primeiro beijo, que com ele aconteceu com 15 anos, no qual a menina estava bêbada, mais doida que o Barry tentando salvar a mãe dele pela 716189ª vez, e aquele gosto de vômito, padrão baladinhas.
Quanto ao junket: a recepção foi feita na Rua Augusta, um lugar icônico de São Paulo, numa sala pequena, só o pessoal dos veículos de mídias sociais. No começo fiquei meio assim – por que a Terra Nérdica está cobrindo um evento assim? E logo eu, na minha primeira matéria, cobrindo um assunto nada a ver com o que estamos acostumados aqui na página, mas percebi que o universo nerd é tudo isso, nós gostamos de tudo, e provavelmente, vai ter gente que goste dessa resenha aqui, mesmo toda torta, sem um padrão – porque o povo é doido. Após o término da sessão, fomos a um hotel, onde teve o brunch – M A R A V I L H O S O, diga-se de passagem – para depois ter a coletiva. Comemos, entramos na sala de imprensa, uns 20 minutos depois, chegou o elenco com o diretor Bruno Garotti e o Produtor Júlio Uchoa.
Os jornalistas fizeram as perguntas, padrão: Como é interpretar pela primeira vez no cinema?, Como é ser ex-chiquitita e agora fazer o papel de uma menina doidona? – referindo-se a Giovana Grigio que interpreta Gabriela no filme, até que perguntaram ao Filipe Bragança – que interpreta Christian em seus 15 anos – como era ser reconhecido no shopping ou na rua, e ele respondeu: Por enquanto é tranquilo, quase ninguém reconhece, mas vai que depois que o filme sair, eu viro um novo Brad Pitt?. Christian, no entanto, falou sobre a relação com sua avó falecida, o que emocionou a todos. Filipe gravou uma mensagem para nós em vídeo, a qual a competência em pessoa que aqui vos fala, perdeu. O elenco foi totalmente gente boa, conversamos o mais tranquilamente possível, dentro de toda a correria.
Resumindo: o filme é bom para o público adolescente, não tem longos períodos de drama, o que faz os mais velhos gostarem também. Altas risadas com Suely Franco que interpreta a avó do protagonista. E um leve drama para embalar a história. Parabéns aos envolvidos. E boa sorte a todos! Bons atores, e humildes.
Quanto a nota do filme – não é um filme com a mesma intensidade das produções hollywoodianas nas quais estamos acostumados a abordar – sendo o caso eu daria 2/5, mas para a proposta que o filme se encaixa: 4/5.