Ainda bem que não fui eu a escrever a crítica de Vingadores: Guerra Infinita quando o filme lançou.
Percebi que ninguém escreveu a crítica de Vingadores: Guerra Infinita quando o filme lançou, aqui pela Terra Nérdica, e resolvi preencher o espaço agora que finalmente assisti e minha conclusão foi a seguinte: Ainda bem que não a fiz assim que o filme lançou.
Pois, se a Terra Nérdica, que é pra mim como uma filha, perdeu seguidores em massa quando em fui o único ser da internet a falar mal de Liga da Justiça em seu lançamento, a ponto de parceiros de imprensa virem brigar comigo e insinuar que eu gosto de ser do contra, sendo que hoje, a maioria já concorda que o filme em si não é realmente grande coisa, o público me odiou e me xingou de marvete sem nem ter visto ainda o filme, imagina com o queridinho Guerra Infinita da moçada. Daí agora se falo mal de Vingadores também, sou taxado de DCnete? Decidam-se!
Mas eu não vou só falar que não gostei, eu vou explicar por quê: a começar com a sequência de decisões estúpidas de cada um dos personagens que pareceu proposital do roteiro para criar uma suposta sensação de impotência de que Thanos (Josh Brolin) estava a frente sempre, sendo que seu maior poder era o de emburrecer as pessoas a volta, apenas. Sensação esta bem falsa, já que o personagem do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), detentor da Joia do Tempo, com o poder de manipulação temporal, o que não justifica ele não ter usado em outros momentos, supostamente visualizou milhares de possibilidades em que apenas uma teria sucesso e deixou-a acontecer sendo que o próprio personagem deixa bem claro em palavras que o que acontecia era o melhor destino.
Ou seja, como alguém pode ficar triste ao ver seus personagens favoritos morrerem, sendo que o roteiro deixa óbvio que tudo vai voltar ao normal? Como alguém pode chorar vendo morrer o Homem-Aranha (Tom Holland)? Gente, é óbvio que eles não vão perder o Homem-Aranha. É tal como em um episódio de Padrinhos Mágicos em que Timmy faz um desejo absurdo, tudo vira uma sequência de decisões estúpidas, mas você se diverte sabendo que tudo vai voltar ao normal, como sempre. Mas pelo menos, em desenhos como estes, a intenção é esta, ao contrário do filme que tenta fazer o espectador de bobo.
E falando em fazer de bobo, o tal do vilão que o roteiro prepara como emburrecedor de massas teve sentimentalismo e humanidade construídas a fim de quê? Compadecermos de um genocida? Desculpa, mas que decisão errada é esta? Faz-me torcer mais é para que o vilão realmente destrua tudo e ninguém saia vivo e volte nunca mais às telas desse Universo Cinemático Marvel que levou 10 anos para me preparar este clímax mal construído. E não é que eu tenha esperado muito do filme, pelo contrário, já não é de hoje que não espero muito de filmes como estes, e quem me acompanha nas redes sociais, pode ver como eu não tinha altas expectativas para este em questão, tanto é que deixei para ver em casa e não fui aos cinemas gastar ingresso, passagem e alimentação para um filme que me deixou com sensação de que eu não precisa ter visto, apenas esperado o próximo.
Não vou nem no mérito da computação gráfica, logo que o estúdio, com o orçamento que tem, tinha condições, sim, de criar modelos mais realistas. Tem hora que dá pra ver que pouparam em figuração e recriaram até os wakandanos famosos em CG, no nível de montagem de Dragon Ball Evolution.
Bem como eu disse, ainda bem que não escrevi a crítica deste filme quando lançou.