Espaço, Planetas que compõem um grande Império, uma Guerra Iminente e, claro, um romance bem enemies to lovers! Órbita de Inverno, lançado em março de 2022 pela editora Cia das Letras com o selo SUMA, é um dos lançamentos mais esperados do ano (principalmente para fanfiqueires de plantão).O livro, escrito por Everina Maxwell, foi best-seller do Sunday Times e tem tradução de Vitor Martins (autor de Quinze dias e Um milhão de finais felizes).
Se liga na sinopse:
Príncipe Kiem, neto da Imperadora de Iskat, é um jovem que nunca precisou provar seu valor. Agora, no entanto, ele é intimado a fazer algo de útil: casar-se com conde Jainan, representante de Thea, para impedir que o planeta vassalo inicie uma rebelião contra o Império. A situação, porém, não é tão simples quanto parece. Jainan já havia se casado antes, com o primo de Kiem, o que garantiu por um tempo o elo entre Thea e Iskat, mas algo deu errado: seu marido morreu em um trágico acidente.
Kiem não quer se casar. Jainan não quer um novo marido. Mas, uma vez juntos, eles terão de enfrentar as intrigas da corte, as maquinações da guerra e os ecos do passado, em uma conspiração que pode acabar com tudo o que acreditam. O par improvável entrará em uma jornada épica para salvar o império ― e a si mesmos.
O gênero sci-fi é bastante explorado por diversos escritores, Duna, por exemplo, fez um grande sucesso para leitores e nos cinemas no último ano. Órbita de Inverno pode ser considerado um livro muito parecido com Duna mas com uma escrita mais leve e young adult (juvenil), uma boa porta de entrada para os leitores que querem ler mais sci-fi.
A trama rodeia bastante nas questões políticas e não tanto no romance em si, fazendo com que o leitor tenha interesse e curiosidade para entender o que está por de trás do romance e a importância do papel deles para a manutenção do elo entre Thea e Iskat.
Os personagens principais possuem temperamentos diferentes, Kiem, não era muito preocupado com questões políticas, já Jainan é um personagem mais preocupado e com um amadurecimento maior relacionado as responsabilidades políticas. Ao se casarem o relacionamento já se inicia com o peso da responsabilidade política e uma união forçada. Entretanto com o decorrer da aventura, de forma lenta e gradual vamos nos apegando e conseguindo perceber a química necessária para a energia “inimigos para amantes” que fomenta o amadurecimento dos personagens.
Para além da história, o livro trata questões lgbtqiap+ a maneira que precisa ser tratada, afinal estamos em 2022 e devemos tratar identidade de gênero e sexualidade como algo natural, assim como ocorre no universo criado por Maxwell. Em Órbita de Inverno, o não-binarismo de gênero e a diversidade de sexualidades são abraçados pela tradição do Império, a única (e não tão importante) diferença está na questão dos ornamentos que usam: quem se identifica como mulher, usa ornamentos silex. Quem se identifica como homem, usa ornamentos de madeira. E quem se identifica como não-binário, usa vidro ou nada.
Um outro ponto e atenção está para a tradução do livro e o uso de pronomes neutros ao se referir aqueles que se identificam como não-binaries.
Vale muito a pena ler esse livro!
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